Numa clara demonstração dos tempos de arbítrio em que vivemos, com governantes rasgando a Constituição e cassando direitos adquiridos, a polícia militar dá mais um exemplo do caos que tomou conta do Rio de Janeiro. Soldados do Choque, tropas de cavalaria, blindados e muitas bombas de efeito moral estão sendo utilizados para criar uma "zona de exclusão" nas ruas que cercam a Assembleia Legislativa. Isso mesmo, aquela que deveria ser a casa do povo se transformou num verdadeiro bunker, onde os deputados se encastelaram para votar os projetos do "pacote de maldades" do governador Pezão.
A violência, ordenada por autoridades irresponsáveis, se espalhou pelo Centro do Rio, com manifestantes e transeuntes sendo agredidos pela tropa de choque, com ruas fechadas ao trânsito de automóveis e pedestres, o comércio fechado e uma chuva de bombas de efeito moral e de spray de pimenta lançados a esmo atingindo manifestantes e trabalhadores que não têm nada a ver com a manifestação e que tiveram o azar de passar pelo local a caminho do trabalho. A insanidade chegou ao ponto de soldados do choque invadirem a Igreja de São José para atirar bombas e balas de borracha nos manifestantes, conforme denunciou o portal do UOL.
Não é possível aceitar mais tal estado de coisas. O governo do Rio, há muito, tem se notabilizado por abrir os porões da ditadura e mandar a polícia agredir manifestantes com bombas e cassetetes. Para estes governos, o livre direito à manifestação não existe e os trabalhadores que ousam lutar por seus direitos têm que ser reprimidos a ferro e fogo. Mas mesmo em meio à violência da polícia e do governo, os servidores resistem e se recusam a pagar a conta de uma crise que não é sua
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