sábado, 16 de julho de 2011

Noticias da Greve

O Acampamento Continua
A assembleia dos profissionais de educação do estado instalada em frente à Secretaria de Educação, na Rua da Ajuda,decidiu que o acampamento dos professores e funcionários administrativos no local continuará pelo menos até 19 dejulho, data do próximo conselho deliberativo.

SEPE Recolhe doações para o fundo de Greve

O Sepe está recebendo doações para ajudar a mobilização da rede estadual, em greve desde o dia 7 de junho. O interessado em ajudar pode depositar qualquer quantia nas contas bancárias em nome de Sindicato Estadual dosProfissionais de Educação/RJ, banco Itaú, agência  nº 5666 (Cidade Nova), nas contas: 00972-4 e 00979-9.
Atenção, o sindicato não autoriza o recolhimento de dinheiro que não seja nestas contas. Diretoria do Sepe.

Nota Oficial Sobre o SERJINHO

O Sepe esclarece a respeito da matéria veiculada pelo RJ TV 2ª Edição hoje:as provas do Saerjinho são uma parteimportante do Plano de Metas apresentado pela Secretaria Estadual de Educação e tem como um dos seus eixos ameritocracia. Isto significa que o resultado desta e de outras avaliações externas será utilizado para “premiar ou punir”professores e funcionários de acordo com o resultado das provas, estabelecendo uma lógica de remuneração variável. Não somos contra a qualquer avaliação diagnóstica que tenha por objetivo identificar problemas no processo ensinoaprendizagem para melhorar a qualidade da educação. O problema é que o Saerjinho é uma avaliação classificatória quepretende estabelecer salários diferentes de acordo com a produtividade de cada escola, desconhecendo que este sistemajá deu errado em vários lugares como Chile, EUA ou São Paulo, por exemplo. E  deu errado aqui no Rio também com oPrograma Nova Escola, que foi um tremendo fracasso. Acreditamos que a educação é um direito de todos e dever do Estado. Estabelecer uma lógica produtivista na educação éesquecer que a escola não é fábrica, que a riqueza do processo educativo depende de muitas coisas além do esforço dosprofessores e funcionários, que não haverá qualidade na educação enquanto as condições de trabalho forem tão ruins quelevam ao abandono de mais de 20 professores por dia.
Por último é preciso denunciar o que a SEEDUC esconde. O Plano de Metas (do qual o Saerjinho faz parte) pretende punirprofessores considerando até mesmo o número de alunas grávidas nas escolas. Se o número de alunas grávidas em umadeterminada escola aumenta, o salário do professor diminui. Essa é a lógica da meritocracia: tentar culpar o profissionalda educação por tudo o que acontece na escola. Não boicotamos o Saerj para impedir um diagnóstico, pois nós profissionais da educação fazemos isso o tempo todo.Boicotamos o Saerj porque não podemos aceitar que a educação pública seja encarada como uma mercadoria vendida apreços diferentes dependendo das condições do “negócio”. Educação de qualidade é direito de todos!
Abaixo, citação do professor Luiz Carlos Freitas sobre o assunto
“Isso não significa que todas as escolas não tenham de ser eficazes em sua ação. Muito menos que as escolas queatendem à pobreza estejam desculpadas por não ensinarem,  que têm alunos com mais dificuldades para acompanhar os afazeres da escola. Ao contrário, delas se espera mais competência ainda. Mas os meios e as formas de se obter essaqualidade não serão efetivos entregando as escolas à lógica mercadológica. A questão é um pouco mais complexa. Deixada à lógica do mercado, o resultado esperado será a institucionalização de escola para ricos e escola para pobres (da mesma maneira que temos celulares para ricos e para pobres). As primeiras canalizarão os melhores desempenhos, as últimas ficarão com os piores desempenhos. As primeiras continuarão sendo as melhores, as últimas continuarão sendo as piores. Mas o sistema terá criado um corredor para atender as classes mais bem posicionadas socialmente, o que será,é claro, atribuído ao mérito pessoal dos alunos e aos profissionais da escola.” - FREITAS, Luiz Carlos. Eliminação adiada: o ocaso das classes populares no interior da escola e a ocultação da (má) qualidade do ensino. in:Educação e Sociedade, Campinas, vol. 28, n. 100 - Especial, p. 965-987, out. 2007.

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