Na Assembleia da Rede
Estadual deste sábado, dia 01/09, diretores da Regional 6 questionaram a
manutenção do boicote ao SAERJ e ao Conexão Educação porque, na realidade das
escolas, este boicote não acontece e existem questões muito importantes, como a
Reforma Curricular, sobre as quais o sindicato deve lançar foco. Diante da
firmeza de nossos diretores em fazer colocações e propostas contrárias às
posições dos grupos presentes à Assembleia, houve um ataque raivoso e
desrespeitoso à democracia por parte de um diretor do Sepe, que chamou nossos
diretores de “governistas” (pois é assim que alguns classificam todas as
propostas divergentes das suas), levianamente, os acusou de terem cargos no
governo e chegou a verbalizar que o Sepe não deveria permitir a permanência, em
seus quadros, de profissionais favoráveis ao governo.
Não há como aceitar
este tipo de postura fascista, que não convive e não tolera as diferenças de
opinião, que considera o sindicato um instrumento de oposição ao governo e faz
dessa oposição o seu alvo principal de luta, não mais a conquista de melhores
condições de trabalho para a categoria e não mais a luta por uma Educação de
qualidade. A Regional 6 defende a autonomia do sindicato, que não pode ser
contra ou a favor de governos porque não é partido político, nem pode ser
instrumento de algum deles.
Todo o nosso repúdio ao
discurso que afirma que o Sepe é um sindicato de vanguarda e não um sindicato
de massa. Por trás deste discurso, está embutida a idéia de que este grupo que
se considera “vanguarda” é o único detentor da verdade e, por isso, se acha no
direito de menosprezar a opinião da categoria. É um discurso que tenta
justificar o esvaziamento dos Atos e Assembleias desqualificando a base que o
sindicato representa, o que abre espaço para posturas fascistas, autoritárias,
mentirosas como a que aconteceu na última Assembleia.
Em que pesem as
intervenções de alguns diretores do Sepe, que se mostraram contra os ataques descabidos,
ofensivos e agressivos sofridos por nossos diretores, é importante
compreendermos que só a retomada do sindicato pela categoria possibilitará ao
Sepe se tornar um sindicato mais representativo dos anseios e necessidades de
sua base, portanto, um sindicato de massas, instrumento de luta participativa e
cidadã.
A maioria dos diretores
da Regional 6.
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