Diante da execução sumária da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes, e de toda a comoção que esse crime trágico provoca, acreditamos ser importante que nós, professores, trabalhemos esse triste fato com os nossos alunos, dentro do que cada faixa etária tem condição de assimilar e refletir. Para muito além da questão político-partidária da vereadora, a educação deve chamar para si a responsabilidade de romper com a hipocrisia dominante e desvelar as camadas de omissão da sociedade em relação às estruturas de poder que estão por trás dos diferentes preconceitos, da intolerância, do machismo, das desigualdades sociais, da violência urbana e às diferentes formas de punição com que são tratados aquelas e aqueles que ousam denunciar, agir, construir uma política que dê espaço para a fala “dos que não contam”, dos “invisíveis”.
A legitimidade de Marielle vinha de sua história. Sua representatividade era organicamente verdadeira e, por isso mesmo, revolucionária. É importante percebermos porque ela era uma referência que “tinha” que ser apagada, como tantas outras o foram, para que as estruturas de poder continuem intocáveis.
SEPE - Regional VI/ Barra, Recreio, Jacarepaguá e Vila Valqueire.
Nenhum comentário:
Postar um comentário