terça-feira, 24 de outubro de 2017

Fórum do 1/3 da rede municipal: veja o que foi discutido e propostas.

No dia 19 de outubro, ocorreu a 4ª reunião do Fórum do 1/3, com a presença do Secretário Municipal de Educação, César Benjamim. Mais uma vez, a tônica do debate ocorreu em torno da proposta da matriz curricular de 60 minutos, defendida por alguns diretores, alguns representantes de CRE e a SME. O Conselho de professores defendeu a matriz de 50 minutos. O conselho de funcionários não se posicionou.


O SEPE reiterou que é contrário a matriz com hora/aula de 60 minutos, porque aumenta a sobrecarga de trabalho (mais alunos, mais turmas, mais planejamentos, mais provas para corrigir) e empobrece o currículo de nossos estudantes. 

Os estudantes da rede municipal têm hoje, nas escolas de horário parcial, 25 tempos de 50 minutos que totalizam 1.250 minutos. 25 tempos semanais totalizam 100 tempos em 4 semanas. 

Com essa matriz de 60 minutos, esses mesmos estudantes passarão a ter 20 tempos semanais de 60 minutos, totalizando 1.200 minutos. Ou seja, 50 minutos a menos por semana. É bom saber que 20 tempos semanais totalizam 80 tempos em 4 semanas.


Essa proposição reduz a matriz em tempos semanais e, com isso, nossos alunos poderão ter dois meses a menos de tempos de aula. Disciplinas importantes no currículo como História, Ciências e Geografia perdem 30 minutos de aula por semana, 120 minutos por mês, aproximadamente 855 minutos por ano! Tal medida prejudica o currículo e impossibilita trabalhos diferenciados em sala de aula.

Pontuamos que com falta de recursos materiais, a ausência de reajuste, o aumento da violência, é concreta a piora nas condições de trabalho, o que gera o adoecimento de profissionais. A matriz de 60 minutos agravará ainda mais este quadro. Lembramos que uma das pautas da greve de 2013 era o retorno dos 6 tempos. Defendemos a matriz com hora/aula de 45 minutos, também para PEI, PII, PEF de anos iniciais, por enriquecer o currículo, garantindo mais tempos de todas as disciplinas em todos os anos.


O Secretário afirmou que ainda não tem posição fechada sobre este tema. E que trará uma resposta no dia 30 de outubro, data da próxima reunião. Pontuamos que o debate da matriz não pode estar atrelado a uma questão financeira. Ela deve ser pensada do ponto de vista pedagógico, da garantia do que favorece o processo ensino-aprendizagem.



Reivindicamos, também, Centros de Estudos Parciais semanais, em dias da semana alternados (cada semana um dia), sendo um Centro de Estudos Integral por mês, com autonomia das UE’s para organizar seu cronograma.


A SME informou que em 2018, todos os meses, à exceção de dezembro, ocorrerão Centros de Estudos integrais. Em fevereiro, serão 2 e o calendário terá 202 dias. Sobre os Centros de Estudos parciais semanais, a SME trará retorno na próxima reunião.

Em relação ao cumprimento do 1/3 na escola, afirmamos que não há nenhum ato normativo que obrigue esta permanência. Cobramos o fim das janelas e reafirmamos a proposta de que a carga horária da atividade extraclasse seja 1/3 de CE coletivo e 2/3 cumpridos fora da Unidade Escolar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário