domingo, 5 de fevereiro de 2012

Nota do SEPE sobre o Projeto Autonomia da SEEDUC: Autonomia para quem?

Neste início de ano letivo, 
muitas escolas estaduais estão
vivendo um verdadeiro caos. 
Sem qualquer diálogo com a 
comunidade escolar, a SEEDUC 
determinou o fechamento de 
turmas regulares e a abertura 
de turmas do Projeto Autonomia 
que utiliza a metodologia Telecurso da Fundação Roberto Marinho. 
Como estas teles salas utilizam apenas um professor por turma, 
o resultado é que vários professores, ao chegarem às suas escolas, 
simplesmente não têm maisturmas para lecionar e precisam, 
agora em fevereiro, mudar de escola, dividir seu tempo entre 
várias unidades,encaixar-se em horários já estabelecidos, etc. 
Centenas ou até milhares de professores viverão este verdadeiro 
calvárionas próximas semanas.

O primeiro aspecto que salta aos 
olhos é a falta de planejamento: 
as escolas atingidas terminaram o 
ano de 2011 com uma previsão de 
quantitativo de turmas regulares e agora 
em fevereiro essa previsão foi alterada 
com a diminuição das turmas regulares 
para criação das turmas de aceleração da 
autonomia. 
Professores que chegaram a participar doconcurso de remoção e escolheram
definindo horário e local de trabalho para o ano de 2012, agora se vêem 
semescola e escolas, sem horário, tendo que alterar a vida de suas famílias
porque a SEEDUC não se importa em implementar aspolíticas no tempo 
adequado para escolas, alunos e professores. Já está tudo organizado? 
Não importa. O que vale é o que a secretaria manda fazer!
Mais uma vez as decisões foram tomadas sem que a comunidade escolar 
e repetindo o erro tradicionaldestas políticas educacionais governamentais: 
são pedagogias de gabinete feitas sob encomenda para economizarrecursos
orçamentários fosse consultada  educacionais e não para investir na melhoria
da qualidade educacional. 
Também está em jogo amelhoria dos indicadores que compõem o IDEB: 
formação destes alunos (que levarão apenas um ano paracompletar o ensino
fundamental e ao acelerar a 18 meses para terminar o ensino médio), 
o “autonomia” diminui a distorção idade-série e a repetência escolar, 
elevando consequentemente o IDEB. Mas, a que preço?Aqui aparece o 
segundo aspecto a ser duramente criticado: mais uma vez, o professor 
entregador de conhecimentos prontos, um simples mediador “genérico”, 
como afirma o próprio é reduzido a um mero gerente do projeto na
 SEEDUC,Antônio Neto: "O diferencial é que cada docente vai orientar e 
mediar tarefas em diversas áreas do conhecimento, e o aluno terá a chance
ativamente".Este aspecto está no cerne da metodologia do Telecurso. 
Ao professor, de participar sobra apenas a tarefa de contextualizar 
oconteúdo e não mais produzir conhecimento. 
O educador auxilia a tecnologia a ensinar e não o contrário. 
Telecurso:"O professor do Telecurso deixa de ser especialista 
em conteúdos específicos e Veja o que diz o site do projeto 
passa a serresponsável pela contextualização do conteúdo do 
de cada região brasileira".A política educacional do economista
Risolia é assim: para os alunos que programa de acordo com a 
realidade enfrentaram as maiores dificuldades em suatrajetória 
escolar e precisariam de um atendimento  maior qualidade, 
oferece-se um aprendizado aligeirado epadronizado, travestido 
de moderno e de  qualidade. Desta forma, a escola vai se tornando
cada vez mais fábrica, onde oque importa é o “produto”
chegar ao final da linha de produção no tempo previsto.


Todos à Assembléia, dia 11 de fevereiro, 
14 horas na ACM. 
 a luta pode impedir 
que tais absurdos continuem!


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