quinta-feira, 18 de abril de 2013

REABRAM O CALOUSTE GULBENKIAN


Carta Pública
O Calouste pede socorrooooo!!!!
 A sociedade quer respeito!!!!
 O Rio quer Arte !!!!
 Desde que foi criado, em 1971, o Centro de Artes Calouste Gulbenkian foi um multiplicador e formador de artistas em várias áreas das artes, promovendo oficinas de formação e especialização em pintura, escultura, cerâmica, marcenaria, teatro, dança, musica, joalheria, diversas técnicas artesanais, além de mostras, obras de teatro, dança, musica, espetáculos integrados, desfiles, entre outras atividades artísticas dentro do Centro, que sempre abriu suas portas a comunidade da Cidade de segunda a sexta, tendo o final de semana um funcionamento parcial, no teatro ou em outra atividade excepcional. Associação de amigos do Centro de Artes Calouste Gulbenkian, é uma associação sem fins lucrativos que há 30 anos coordena os cursos livres do Calouste em parceria total com o município, revertendo todo seu capital excedente para equipar e manter as instalações do centro, oferecendo mais de 40 cursos em diversas áreas das artes, a preços populares e com um programa de bolsas para toda a comunidade.
Como todos sabem muitos dos equipamentos municipais de cultura foram interditados no mês de março pelos bombeiros, e após 45 dias os espaços começaram a ser novamente abertos. No Calouste, estranhamente, tivemos liberação do prédio e uma interdição parcial de algumas salas, todas onde ocorrem oficinas ligadas à Associação de Amigos do Centro de Artes. Para que a palavra estranha não fique demais, fomos informados pela direção que os bombeiros fizeram esta interdição das salas, “de boca”, ou seja, os bombeiros vieram a inspecionar e constataram problemas graves na segurança das salas que funcionam há anos com ditas oficinas, e assim de boca comunicaram a direção do Centro de Artes Calouste, sem laudo técnico, sem nada escrito nem em um guardanapo a direção nos comunica de boca, que então as oficinas de cerâmica, marcenaria (que movimenta parte considerável dos alunos da Associação de amigos do Centro de Artes Calouste), joalheria, não poderão funcionar mais, ate que se faça uma obra que será licitada, um dia, não determinado, para resolver problemas, também não especificados pelos bombeiros.
Hoje a novíssima gestão, com o Sr. Romulo Sales como Diretor interino do Centro, há 15 dias, decidiu que as oficinas que funcionaram há mais de 40 anos de segunda a sexta, não poderá funcionar mais na segunda feira. Por quê??? Ele pensa que somos um centro cultural, e diz que os centros culturais abrem de terça a sexta, sem perceber que temos um letreiro em aço inox que diz bem grande, Centro de Artes Calouste Gulbenkian.
Ele ainda não sabe que somos o único Centro de Artes deste Município??? Ou talvez ele não saiba a diferença entre Centro Cultural e Centro de Artes???
O curioso da questão é que todo o Centro de artes funcionará, o Rio Mulher, a administração , biblioteca, espaços dedicados a grupos de artistas amigos, ocupações do teatro e das salas de teatro e dança, por produtoras privadas, restaurante da ONG, feirarte, ou seja, todo o Centro de artes funcionará, mas nós que a mais de 30 anos ministramos oficinas em diversas áreas das artes, que juntos temos um grupo de 900 a 1000 alunos mês, que sem sombra de dúvida somos a maior comunidade do Centro de Artes Calouste e talvez a maior comunidade dos equipamentos artísticos com em se tratando de alunos em cursos e oficinas do Município do rio de Janeiro, somos avisados de maneira desrespeitosa e arbitraria, por email as 23:00 hs de uma sexta feira, que a partir de agora nós não podemos estar dentro das oficinas dando aula nas segundas feiras. E todos os alunos matriculados??? Eles não são a comunidade??? Não são cidadãos??? Não mantêm este Centro também com o dinheiro dos impostos recolhidos que vislumbra entre os mais altos do país? E o respeito aos professores que há muito tempo trabalham, multiplicando um conhecimento valioso em parceria com o Município e com a comunidade??? Será que agora o único Centro de Artes do Município vai ser ocupado por produtoras que movimentam 9 milhões em suas montagens e ONGs de duvidosa procedência??? Será que o Centro de Artes Calouste Gulbenkian agora é o quintal da casa do Sr. Romulo Sales e por isso ele cortou arvores do estacionamento arbitrariamente e arrancou as únicas placas de comunicação visual das oficinas do Centro de Artes Calouste ou será que ele esta arrumando o quintal para o novo Dono???
Os verdadeiros donos não seriam os cidadão da cidade do Rio de Jneiro? A comunidade???
O Sr. Romulo Sales foi nomeado ao cargo oficialmente??? Por que nada é documentado??? Esta pessoa tem capacidade para gerenciar um equipamento cultural deste porte??? Ou está aqui apenas para sucatear nosso querido Centro de Artes que indubitavelmente tem deixado um grande legado para a cidade ???
A Associação de amigos de Centro de Artes, que em parceria com o Município há mais de 30 anos coordena os cursos livres do Calouste, agora, está sendo atacada, chutada, desrespeitada, talvez por que não aceitamos o desmantelamento do Centro de Artes Calouste, por que não aceitamos quando perdemos todo nosso acervo técnico, usado para a montagem das exposições e eventos da casa, jogado fora pelo Sr. Romulo Sales, tratado como lixo, em pleno Rio + 20, assim como o mobiliário de algumas oficinas; Também perdemos o acervo de obras doadas por artistas que tiveram relação com o centro; perdemos salas que foram construídas dedicadas às oficinas que nelas funcionavam, para sermos comprimidos dentro de espaços absolutamente insuficientes, dado o volume e as características das oficinas oferecidas, para que ditas salas fiquem fechadas, por mais de um ano e sem definição; perdemos as salas de ensaio de dança e teatro, com piso de madeira, espelho e barra, especialmente equipadas para as oficinas destas linguagens , utilizadas gratuitamente por um grupo enorme de alunos onde muitos já ganharam o mercado, e que, muitos foram e são custeados pelo dinheiro publico, já que há também professores públicos concursados do Centro de Artes, estas salas hoje abrigam produções privadas que atuam no mercado carioca. Porque não lhes foi oferecido um espaço ocioso sem detrimento das oficinas lá existentes e para qual o Centro de Artes foi criado? Produções como O Mágico de Oz, Rock in Rio o musical, Como ser um Pop Star, Milton Nascimento uma Travessia, Beatles num céu de Diamantes, testes para produtoras de cinema e teatro paulista como Time for Fun, entre outras tantas produções estiveram e estão presentes no Centro de Artes, subtraindo a sociedade a possibilidade de estudar e formar se em um espaço adequado, pensado e estruturado e para qual o dinheiro publico foi investido. Perdemos nossa biblioteca, construída no decorrer de 30 anos, com doações e aquisições de livros de todas as artes, cinema, teatro, dança, cerâmica, escultura, pintura, literatura, todas as técnicas artesanais, que foi retirada em sua totalidade, sem documentação oficial, para ser doada para um centro comunitário de algum lugar. Mas Será que alguém conhece um centro comunitário que possa fazer melhor uso de centenas de livros de artes, que o único Centro de Artes do Município??? Pois a Srª. Leda Fonseca, ex.diretora do Centro de Artes e protetora do Sr. Romulo Sales, conhece, pois foi ela que apesar dos gritos dos professores do Centro, continuou e esvaziou toda nossa querida biblioteca, colocando no seu lugar uma nova biblioteca, com um acervo que não chega a 10% do que tínhamos a disposição para consulta de toda comunidade.
Agora estamos sendo tratados como invasores, desrespeitados e atropelados, mas estamos aqui sangrando e gritando aos quatro ventos ao ver o Centro de Artes Calouste ser esquartejado, pedindo ajuda a sociedade, ao Prefeito, aos vereadores e a comunidade cultural do Rio de Janeiro.
O Calouste pede socorro, a sociedade quer respeito e o Rio quer arte!!!
 Amigos, alunos, professores e comunidade do Centro de artes Calouste Gulbenkian–RJ 
Rio de janeiro 15 / 04 / 2013

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