sexta-feira, 12 de abril de 2013

Temos que reagir! Todos ao Ato em frente à Prefeitura no dia 18/04!


Direção de "Escola do Amanhã", da Cidade de Deus, entrega o cargo diante do novo formato de “horário integral”, determinado pela SME.
As Escolas do Amanhã, de turno único, localizadas em áreas reconhecidamente carentes da cidade, receberam a notificação de que deveriam promover a mudança do horário de seu atendimento aos alunos, de forma que o horário obrigatório fosse apenas até às 14h30 e, a partir daí, fossem oferecidas disciplinas eletivas, no formato de oficinas, para os alunos cujos responsáveis optassem por manter seus filhos até às 16h30 na escola. Na prática, as escolas estão vivendo o fim do horário integral nestas unidades, já que é muito complexa a organização dessas oficinas, nas quais os alunos se inscrevem por interesse, o que implica numa redistribuição das crianças pelo espaço da escola, fora de suas turmas, sem que, para isso, a SME garanta um maior número de profissionais para trabalharem especificamente com essa reorganização da escola. Cientes do problema e temendo pela própria segurança de seus filhos, devido à idade das crianças, muitos pais optam pelo horário reduzido, apesar da necessidade que têm de manter seus filhos numa instituição confiável, enquanto trabalham.
Depois de extinguir várias Unidades de Extensão, que ofereciam oficinas de Artes, Esportes e de Educação pelo Trabalho, no contra turno dos alunos, dadas por professores concursados da rede, num trabalho estruturado há cerca de 20 anos, a SME volta atrás na proposta de implementar o horário integral, progressivamente, em todas as escolas do município e faz a opção pelo retorno da  extensividade, só que, desta vez, com a utilização de oficineiros, trazendo, definitivamente, para a rede, a precarização das relações de trabalho e da  formação profissional no atendimento direto ao aluno, principalmente os de baixa idade.
A direção demissionária do CIEP da Cidade de Deus, que não aceita trabalhar nestas condições, é conhecida pelo excelente trabalho que realiza na comunidade, garantindo atividades diferenciadas com alunos de história de vida muito difícil e que ficarão sem o respaldo de auto-estima que a escola proporciona. A equipe trabalhava com projetos internos que envolviam a linguagem do Teatro, da Contação de Histórias, atividades de Horta, entre outras. Esta direção, consciente que é do seu papel dentro da comunidade, não consegue permanecer no cargo, tendo todo o trabalho sério que vem realizando, e no qual acredita, inviabilizado.
É um absurdo o que estamos vivendo na Rede Municipal de Ensino! A SME desmonta, de forma autoritária e centralizadora, tudo o que a rede ainda possui de positivo.
É preciso reagir!
A secretária Claudia Costin precisa entender que desmontando o que já é tênue, mas ainda existe, e impondo, no seu lugar, uma situação de total precariedade, ela vai passar pela História da Educação do Rio de Janeiro como a gestão de atuação mais destrutiva do ensino público.
E nós, professores da rede, temos um papel fundamental de interferência nesta História!!
Todos ao Ato em frente à Prefeitura, no dia 18/04, às 11h. Vamos pressionar o prefeito e a secretária a receber uma comissão que leve a eles as nossas reivindicações!


VÁRIAS COORDENADORIAS REGIONAIS DE EDUCAÇÃO NÃO ESTÃO PERMITINDO A REALIZAÇÃO DO PLEBISCITO DO SEPE, NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO. NÃO HÁ DOCUMENTO FORMAL PARA O IMPEDIMENTO! TRATA-SE DE MAIS UMA ARBITRARIEDADE QUE NÃO DEVEMOS ACEITAR PORQUE É DIREITO DO SINDICATO E DA CATEGORIA REALIZAR ESTE TIPO DE AÇÃO! VOTE NO PLEBISCITO PELO SITE DO SEPE!!

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