domingo, 2 de junho de 2013

Escola do Amanhã, da Cidade de Deus, continua sem direção: A chapa constituída pela comunidade escolar é rejeitada pela CRE!


O CIEP Luis Carlos Prestes, uma das Escolas do Amanhã da Cidade de Deus, continua numa situação de instabilidade total, ainda sem direção, porque a única chapa que se inscreveu no edital foi rejeitada pela banca de avaliação formada por elementos da CRE e da SME e, portanto não vai poder assumir a escola. Cabe ressaltar que a chapa é formada por duas professoras do CIEP e por uma professora convidada pela comunidade escolar, com crédito entre os responsáveis e os profissionais da escola, aprovada no curso de gestão promovido pela SME, que já fez parte da equipe gestora de uma outra escola e de uma Unidade de Extensão. Quando a CRE alega, como justificativa para a rejeição da chapa, falta de experiência e de enquadramento no “perfil”(?) por parte da professora convidada pelo grupo, o que será que isso significa? Que o curso de gestão não qualifica aqueles que são aprovados? Que é necessária uma outra experiência de gestão, além da que a professora já possui, diferenciada e específica, para se dirigir o CIEP Luis Carlos Prestes, se sabemos que a inscrição no edital é aberta a professores que nunca passaram por algum tipo de gestão, e que seria papel da CRE dar o suporte nesta situação? Além do mais, que experiência seria essa? Quem a teria senão os próprios professores do CIEP e aqueles em quem eles confiam? Talvez o problema esteja no fato de que a equipe rejeitada pela CRE tenha um projeto de trabalho coletivo para a escola e está disposta a trabalhar em conjunto com todos os que desejam elevar o desempenho de aprendizagem desses alunos, além de assumir, com o grupo, o desafio de manter o horário integral na unidade, conquistado pela comunidade junto à secretária Claudia Costin, mas que a CRE resiste em viabilizar. A equipe da 7ª CRE que dirige a escola, de forma interina, dispensa os alunos antes do horário acordado com a SME, 16h30, e, aqueles que considera “mais agressivos”, dispensa ainda mais cedo, ao meio-dia!! O CIEP, portanto, continua à deriva nas mãos de pessoas sem nenhuma experiência diferenciada e específica, sem nenhum perfil para lidar com essa comunidade, e que consideram os alunos de comportamento mais difícil como algo do qual desejam se desvencilhar. A CRE diz que vai abrir outro edital. O fato é que estamos no meio do ano letivo e a escola está sem direção. Como ficará o desenvolvimento pedagógico dessas crianças? Que respostas daremos às famílias que só têm essa escola como referência de poder público? Por que não validar a chapa apoiada pela comunidade escolar? Até quando a SME vai assistir, passivamente, a este quadro de instabilidade? Até que ponto a determinação da secretária Claudia Costin, assumida diante da comunidade escolar, de diretores do SEPE e de vereadores, em manter o horário integral no CIEP, terá compromisso com a verdade?

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