O CIEP Luis Carlos Prestes, uma das Escolas do Amanhã da Cidade
de Deus, continua numa situação de instabilidade total, ainda sem direção,
porque a única chapa que se inscreveu no edital foi rejeitada pela banca de
avaliação formada por elementos da CRE e da SME e, portanto não vai poder
assumir a escola. Cabe ressaltar que a chapa é formada por duas professoras do
CIEP e por uma professora convidada pela comunidade escolar, com crédito entre
os responsáveis e os profissionais da escola, aprovada no curso de gestão
promovido pela SME, que já fez parte da equipe gestora de uma outra escola e de
uma Unidade de Extensão. Quando a CRE alega, como justificativa para a rejeição
da chapa, falta de experiência e de enquadramento no “perfil”(?) por parte da
professora convidada pelo grupo, o que será que isso significa? Que o curso de
gestão não qualifica aqueles que são aprovados? Que é necessária uma outra
experiência de gestão, além da que a professora já possui, diferenciada e
específica, para se dirigir o CIEP Luis Carlos Prestes, se sabemos que a
inscrição no edital é aberta a professores que nunca passaram por algum tipo de
gestão, e que seria papel da CRE dar o suporte nesta situação? Além do mais,
que experiência seria essa? Quem a teria senão os próprios professores do CIEP
e aqueles em quem eles confiam? Talvez o problema esteja no fato de que a
equipe rejeitada pela CRE tenha um projeto de trabalho coletivo para a escola e
está disposta a trabalhar em
conjunto com todos os que desejam elevar o desempenho de aprendizagem desses
alunos, além de assumir, com o grupo, o desafio de manter o horário integral na
unidade, conquistado pela comunidade junto à secretária Claudia Costin, mas que
a CRE resiste em viabilizar. A equipe da 7ª CRE que dirige a escola, de forma
interina, dispensa os alunos antes do horário acordado com a SME, 16h30, e,
aqueles que considera “mais agressivos”, dispensa ainda mais cedo, ao
meio-dia!! O CIEP, portanto, continua à deriva nas mãos de pessoas sem nenhuma
experiência diferenciada e específica, sem nenhum perfil para lidar com essa
comunidade, e que consideram os alunos de comportamento mais difícil como algo
do qual desejam se desvencilhar. A CRE diz que vai abrir outro edital. O fato é
que estamos no meio do ano letivo e a escola está sem direção. Como ficará o
desenvolvimento pedagógico dessas crianças? Que respostas daremos
às famílias que só têm essa escola como referência de poder público? Por
que não validar a chapa apoiada pela comunidade escolar? Até quando a SME vai
assistir, passivamente, a este quadro de instabilidade? Até que ponto a
determinação da secretária Claudia Costin, assumida diante da comunidade
escolar, de diretores do SEPE e de vereadores, em manter o horário integral no
CIEP, terá compromisso com a verdade?
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