No dia 16 de agosto, faleceu
Felipe Carneiro de Freitas, aluno do Colégio Estadual Vicente Januzzi, após uma
batalha pela vida que durou 43 dias, no CTI do Hospital Lourenço Jorge. Felipe
foi atropelado por um ônibus BRT, em frente à escola. Assim como ele, outras
duas pessoas perderam a vida nesse mesmo local. Até o momento, o governo
insiste em responsabilizar as vítimas pelos vários acidentes ocorridos, com ou
sem gravidade, nos corredores da via, que contabiliza quatro casos fatais desde
a sua inauguração. A prefeitura afirma que se trata apenas de uma questão de educação
no trânsito. Foi necessária a manifestação de alunos e profissionais da escola,
que parou a circulação de veículos na Av. das Américas, inclusive os BRTs, em
protesto pela morte prematura do jovem, para que as autoridades se dispusessem
a, pelo menos, anunciar a colocação de um sinal e faixa de pedestres em frente
ao colégio, ação preventiva de segurança tão óbvia, porém não realizada pelos
órgãos competentes. Depois de quatro mortes em pouco mais de dois meses de
funcionamento, a própria imprensa começa a admitir uma possível falha de
segurança no planejamento da via, que a Secretaria Municipal de Transporte
pretende contornar com a confecção de um material mais abrangente de Educação
no Trânsito, conforme anunciou a repórteres. Será que os acidentes se sucederam
porque o primeiro material confeccionado não foi eficiente? Um novo material
vai mudar a realidade da situação e resolvê-la? A quem a secretaria pretende
vender ilusões? Aonde as estatísticas terão que chegar para que a prefeitura
reconheça que deve tomar uma atitude e reconsiderar o que é prioritário?
A Regional 6 e o SEPE central se
solidarizam com os familiares, amigos, colegas e profissionais do Colégio
Vicente Januzzi que tão bem souberam fazer valer a sua indignação e, acima de
tudo, fazer se respeitar a memória de Felipe. Veja também a nota do SEPE RJ
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