O espaço público é de uso comum e deve ser pensado para todas as
pessoas, independente de poder econômico, político ou de prestígio social. A
Trans Oeste é um projeto de mobilidade urbana anacrônico, defasado no tempo. É
uma solução antiquada para uma cidade como o Rio de Janeiro, mas que serviu
para o prefeito privilegiar parceiros de campanha, amigos e relações de
compadrio.
A
mobilização e a luta dos profissionais e estudantes do Colégio Estadual Vicente
Januzzi é por um bairro e uma cidade onde as pessoas de todas as classes
sociais possam usufruir e compartilhar os espaços urbanos com equidade,
civilidade, segurança e responsabilidade. A luta vem da indignação de todos
pelas mortes que se sucederam em frente à escola num curtíssimo espaço de
tempo, sobretudo a do estudante Felipe Carneiro Freitas, após 43 dias no CTI de
um hospital. Familiares, colegas, amigos e os profissionais da escola tinham
esperança que ele sobrevivesse. O Ligeirão Trans Oeste não ameaça apenas
pedestres e ciclistas. Ele tem sido um risco para motoristas e motociclistas,
com colisões constantes e veículos sendo arrastados pelos ônibus que têm a sua
capacidade de freio comprometida pelo seu peso, pela sua velocidade e pela limitação
de manobra imposta pelo trilho onde circula.
A morte de Felipe, a morte do jardineiro Paulo Sergio de Macedo, a morte
do operário José, de 21 anos, a morte da senhora Sônia Maria Neves e todo o
sofrimento causado por essas mortes não serão em vão, nem passarão impunes.
Nesta sexta-feira, dia 24, a partir das 12h, em frente ao Colégio
Vicente Januzzi, será realizado mais um ato por espaços públicos humanizados,
que não impliquem em risco de vida, que priorizem a segurança do ir e vir de
todas as pessoas que os utilizam. Vamos participar e unir nossa voz ao grito
indignado dos familiares, estudantes e profissionais do colégio!
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