Após o TJ-RJ permitir o corte de
ponto ao governo do Estado, ainda sem julgar a legalidade ou não da greve,
quatrocentos educadores estão recebendo notificação de inquérito administrativo
por abandono de emprego, e, na Rede Municipal, telegramas e quadros, enviados
pela SME, pediam justificativas pelas faltas ocorridas no período da greve,
numa clara tentativa de semear o medo entre os profissionais. A categoria vive
um momento de repressão ao movimento grevista como nenhum outro na história,
nem nos tempos da ditadura! Chega-se ao cúmulo da ilegalidade no prodecimento
de alguns diretores que vêm impedindo o retorno de professores grevistas à sala
de aula! O fechamento dos canais de negociação, por parte dos governos, a opção
pela judicialização do processo e uso da violência policial, que só neste
último dia 15/10 prendeu dezenas de manifestantes que haviam participado da
Passeata em Defesa da Educação Pública, denunciam a forma autoritária e
intransigente desses governantes, que nos faz lembrar um verdadeiro Estado de
Exceção. A estratégia dos advogados do SEPE em solicitar a interferência do STF
se mostrou acertada e dá à categoria um novo fôlego de esperança de que o
Estado de Direito volte a vigorar no Rio de Janeiro. A despeito de todo o
terrorismo, As Redes Estaduais e Municipais decidiram continuar em greve e
aguardam a audiência de conciliação, marcada pelo STF para o próximo dia 22/10,
às 18h, em Brasília, com a presença dos governos do estado e do município, além
de uma representação do SEPE.
A próxima Assembleia Geral da Rede
Estadual foi marcada para o dia 24/10, às 14h, em horário a confirmar.
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