A partir da próxima semana, os fiscais do projeto da Secretaria de
Estado de Educação/Banco Mundial iniciarão um processo ostensivo de julgamento
das práticas adotadas em sala de aula, pelos professores de 100 escolas da Rede
Estadual. Rotina no mundo empresarial, essa fiscalização é parte importante das
reformas de mercado que estão sendo implantadas na rede pública de ensino,
dentro da política meritocrática de incentivos e sanções, que visa à premiação
daqueles cuja performance atenda aos interesses das grandes fundações
empresariais e a punição dos que se atrevem a resistir.
Os fiscais sabem que sua tarefa é contribuir na disseminação da idéia de
que o professor não tem alternativa a não ser cumprir as determinações impostas
pelos projetos dos “economistas da educação”, com seus procedimentos
padronizados, sem espaço para questionamentos e reflexões, apenas com metas a
atingir. A resistência dos professores é um obstáculo que os fiscais da SEEDUC
aceitaram ajudar a destruir. Participando do processo de controle que pretende
transformar os professores em operários tarefeiros a serviço do treinamento de
alunos, não de sua formação, são os próprios fiscais que se tornam operários
servis, reduzidos a um dos piores papéis que alguém pode ocupar na sociedade.
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