domingo, 11 de novembro de 2012

O papel da fiscalização da SEEDUC/Banco Mundial


A partir da próxima semana, os fiscais do projeto da Secretaria de Estado de Educação/Banco Mundial iniciarão um processo ostensivo de julgamento das práticas adotadas em sala de aula, pelos professores de 100 escolas da Rede Estadual. Rotina no mundo empresarial, essa fiscalização é parte importante das reformas de mercado que estão sendo implantadas na rede pública de ensino, dentro da política meritocrática de incentivos e sanções, que visa à premiação daqueles cuja performance atenda aos interesses das grandes fundações empresariais e a punição dos que se atrevem a resistir.

Os fiscais sabem que sua tarefa é contribuir na disseminação da idéia de que o professor não tem alternativa a não ser cumprir as determinações impostas pelos projetos dos “economistas da educação”, com seus procedimentos padronizados, sem espaço para questionamentos e reflexões, apenas com metas a atingir. A resistência dos professores é um obstáculo que os fiscais da SEEDUC aceitaram ajudar a destruir. Participando do processo de controle que pretende transformar os professores em operários tarefeiros a serviço do treinamento de alunos, não de sua formação, são os próprios fiscais que se tornam operários servis, reduzidos a um dos piores papéis que alguém pode ocupar na sociedade.

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