O Programa de Unidades de Extensão, da Secretaria Municipal de Educação,
que existe há mais de quinze anos e atua apenas com professores concursados da
própria rede, e não com oficineiros sem formação específica, está prestes a ser
extinto. Várias Unidades já receberam a informação de sua extinção pelas
Coordenadorias Regionais, que alegam ser uma determinação da SME.
As Unidades de Extensão são formadas pelos Pólos de Educação pelo
Trabalho, que oferecem oficinas ligadas ao trabalho como instrumento de
formação da cidadania (informática, jornal, rádio, fotografia, artesanato etc),
os Clubes Escolares, que oferecem oficinas esportivas e os Núcleos de Arte, que
oferecem oficinas das várias linguagens artísticas. A sétima CRE, por exemplo,
possui três Clubes Escolares, dois Núcleos de Arte e um Pólo de Educação pelo
Trabalho, distribuídos pelos bairros que compõem a sua região. As oficinas são
oferecidas a todos os alunos da rede, que se inscrevem naquelas de seu
interesse, no contra turno, durante todo o ano letivo. É um trabalho que já
está estruturado na rede há mais de quinze anos e permite um enriquecimento
curricular que simplesmente será descartado.
Como no caso da reestruturação da rede, a SME ignora e desrespeita a
seriedade do trabalho de seus próprios profissionais e assume, mais uma vez,
uma postura arrogante e autoritária, que toma decisões sem discussão, sem consultas
e sem se preocupar com maiores explicações e justificativas. A prefeitura
mantém a atitude de desqualificar e acabar com os projetos internos, elaborados
e executados por profissionais da Educação, para continuar implantando projetos
externos, elaborados por “economistas da educação”, como se a formação humana
pudesse estar submetida a um sistema de coleta de dados e estabelecimento de
metas. Mais uma vez, a SME nega a importância da formação pedagógica daqueles
que lidam diretamente com nossos alunos, apostando em projetos gerenciados
pelas OSs, que, muitas vezes ficam só no papel, e, quando acontecem com alguma
sistematização, oferecem um trabalho precário, em condições precárias, com
oficineiros de formação precária que aceitam uma relação de trabalho igualmente
precária. É com esse tipo de procedimento que a SME alardeia a qualidade de
ensino na rede. Nosso total repúdio a mais essa iniciativa da SME, que quer
retirar de nossos alunos espaços de ampliação de seus horizontes e do olhar
sobre si mesmos.
Já existe um abaixo-assinado on line, no site Petição Pública. Vamos
assiná-lo e divulgá-lo!
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